sábado, 23 de julho de 2011

Meu mundo cinza

Solidão um dia vem, vem lavar tudo que há de bom, vem apagar a viva cor que iluminava as tardes de verão, o rosa chã já não existe, foi se embora, resta apenas o cinza intenso, a chuva e a tristeza. Mil velas não iluminam o suficiente para que eu possa te ver, mal vejo o chão em que piso, mal vejo as paredes que me cercam.
Meu corpo já não é refletido no espelho, minha guitarra cuja as cordas arrebentaram agora não emite som algum, meu chuveiro é frio, minha TV chuvisca, a minha velha poltrona já não é macia e minha cama é claro segue vazia.
Nunca mais cantei, nunca mais ouvi um cantar, onde estão os pássaros que viviam a minha janela? depois que você se foi tudo perdeu a graça, onde estou eu? será que há mesmo a famosa luz no fim do túnel.. acho que não, vou continuar por aqui, não vale a pena correr atrás da felicidade que corre de mim também.
Onde estão as crianças que ontem mesmo espantava do meu jardim? cade o belo? cade o rosa? o mundo desbotou, as luzes apagaram, o conto de fadas não teve final feliz.

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