quarta-feira, 6 de maio de 2015

O lado mais complexo de amar

O amor, outra vez escrevo sobre ele, sinto que a cada novo texto irei me contradizer, mas estou em constante metamorfose, é a minha vida, se quiser ficar e aprender com minha loucura, será muito bem vindo, caso contrário, deixo que parta sem nenhum ressentimento.
Então, achei que tinha encontrado o amor da minha vida um tempo atrás, mas por algum motivo desconhecido a metade da minha laranja está sendo chupada por outro agora. Okay, outras pessoas virão, esse só foi mais um, porém acho que cresci um pouco mais e me esfriei um pouco mais... Oh não! O lado oculto, o lado calculista e frio está me dominando outra vez, mentira, desta vez não foi tão drástico, ainda somos bons amigos, só restaram as coisas boas, as boas lembranças, as fotos, o que me deixou alegre, o que me fez sorrir de verdade, entretanto, se quiser quebrar a perna, fique a vontade.
Enfim, amar é tão complexo, é estar longe e continuar amando e ficar perto para maximizar o sentimento, é gritar para ninguém ouvir, é berrar aos ouvidos de surdos, é o eco no vazio, é ser triste com um sorriso no rosto, é poesia em formato de prosa, amor é ser controverso, inverso, do avesso, do outro lado, contrário e ao mesmo tempo, correto, justo, do mesmo lado e mais uma bagunça de coisas. E quando eu falo de bagunça, não é uma bagunçinha, não é uma toalha em cima da cama ou uma meia suja ao lado do cesto de roupa, quando eu falo de bagunça no amor me refiro ao mundo de pernas para o ar, de só pensar em uma pessoa, e querer essa pessoa, e se odiar para amar essa pessoa e só desejar essa pessoa. É esquecer de si e se doar, é doentio, é febre de 40 graus, é morrer ainda em vida.
Se você nunca amou, sinto lhe avisar amigo, tu ainda não viveu, contudo, eu sempre duvido de quem muito afirma nunca ter amado. Eu já amei mulheres, homens, meninas, meninos, pedras, uma Dália que crescia no jardim, amo meus cachorros, meus lápis de cor, meus livros, amo café, amo chá, amava a escola, os meus amigos, os meus vizinhos, os professores, as aulas de história, filosofia, as de artes, amo origami (e sei fazer), amo o cheiro de roupa nova, de orvalho, de chuva e aquele mais que especial, aquele cheirinho divino que vem quando você vira a página de um livro. Ah sim, como poderia esquecer, amo a livraria e a cafeteria que tem dentro dela, amo o shopping, amo Curitiba, amo crianças risonhas e brincalhonas, amo pessoas com olhos claros, tatuagens, piercings, barba, cabelo comprido, gente cheirosa, amo tanta, tanta, mas tanta coisa que é impossível que você, por mais coração de pedra, não seja capaz de amar alguma coisa também, repense.