quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Falando sobre mim

Ando pelas ruas fazendo poesia, mas ao sentar em frente ao computador algo em mim muda, se dispersa, sei lá. Não sei explicar o tipo de força maligna que essa máquina exerce. Apesar, que nos últimos tempos não tenho muito tempo para dedicar a ela, nem a nada. Só trabalho. OK, dedico meu tempo ao trabalho, já é melhor que nada, tipo, viver por viver.
Resolvi me divertir e gastar um pouco do pouco dinheiro que eu ganho, o que vamos grifar aqui, é raro acontecer. Realmente eu deveria não sair de casa. Me apaixono por todas as mulheres que vejo. Mentira, não chega a ser todas, somente as bem vestidas ou bem maquiadas ou, ainda e sobretudo, estilosas. Mas com estilo próprio não um protótipo de passarela, nada contra os protótipos, elas somente não me atraem tanto quanto as estilosas, de cabelos tingidos, de roupas extravagantes e lindas por conta própria.
Além do mais, volto pobre para casa, compro todos os livros que meus braços conseguem carregar e camisetas também, amo camisetas. Sou muito infantil quanto a isso. Não saio o suficiente para todas aquelas camisetas e não tenho tempo suficiente para todos aqueles livros, mas o prazer que traze-los para casa e chamar de meu é tão grande, é uma grande satisfação. Não sei explicar, só sei sentir. Agora eu pareço fútil, certo? Pois é, me sinto assim, mas minha velhice interna está ficando chata então faço o que todo jovem faz, sou imprudente e ajo sem pensar. Quando dou por mim estou guardando o comprovante de uma compra gigante. O que de certa forma, me dá prazer.
Aprendi a conviver comigo, o que quer dizer que não tenho um cartão de crédito para não precisar vender nenhum familiar, nem a mim mesmo ou coisa parecida. Aprendi também que ninguém exceto eu folga na terça-feira, o que de algum jeito, me deixa sozinho nas vezes que saio. Mentira, carrego a minha irmã que é ótima companhia. Comemos muito. Me vejo um velho pançudinho se não diminuir o ritmo. Aliás, sou um jovem pançudinho, preciso diminuir o ritmo dessas besteiras. De resto, a vida segue a mesma, só vejo meus amigos por acaso e vez ou outra falo com alguém pelo Whatsapp, triste isso.