terça-feira, 13 de setembro de 2011

Solidão do planeta imundo

O cigarro queimando os dedos, o café esfriando na caneca, as lágrimas molhando todo o travesseiro e você não sei onde está, me deixou aqui vivendo a dor de um desamor.
Meu sangue jorrando pelo quarto, os pulsos cortei, cortei, chorei, não morri.. não foi dessa vez. Agonia sem fim, me atiro ao chão, solidão, olhando o teto durante horas a sangrar, respirando devagar, mal sinto o ar entrar e sair de meus pulmões.
Sentimento ridículo, é pena de mim mesmo.. onde foram parar os dias de glória? Onde está o amor próprio? Acho que as pessoas que sempre achei que me amavam acabaram com meu mundo, destruíram meus sonhos, acabaram com minhas certezas, transformaram-as de tal maneira que agora são todas dúvidas, me jogaram em um rico esgoto fedorento de ilusões e incertezas.


Se for para viver sem alma prefiro eu morrer, chega de falta de amor, de amigos ausentes, de sociedade hipócrita, chega de mim mesmo, chega, chega, chega... adeus paraíso dos imundos.

6 comentários:

  1. Gostei da sensação de decepção realista...

    Sempre há acréscimos de dor quando se trata de coração partido. Afinal, coração partido equivale a sentimentos transgredidos. Levando em consideração que a vida é feita pela conjugação do verbo sentir, tenho a teoria de que um coração partido é igual há uma vida transgredida, o que é angustiante.

    Ao mesmo tempo que senti a realidade da dor em excesso de desespero, senti um aumento dela pelo drama da arte de viver. Eis a dor de Fernando Pessoa: "Finge tão completamente que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente..." Conhece?

    Abço carinhoso,
    Thirza Oliveira.

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  2. uau postagem super intensa....
    gostei, mto legal!!!
    seu blog é hiper fantastico!!!
    bjao

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