O cigarro queimando os dedos, o café esfriando na caneca, as lágrimas molhando todo o travesseiro e você não sei onde está, me deixou aqui vivendo a dor de um desamor.
Meu sangue jorrando pelo quarto, os pulsos cortei, cortei, chorei, não morri.. não foi dessa vez. Agonia sem fim, me atiro ao chão, solidão, olhando o teto durante horas a sangrar, respirando devagar, mal sinto o ar entrar e sair de meus pulmões.
Sentimento ridículo, é pena de mim mesmo.. onde foram parar os dias de glória? Onde está o amor próprio? Acho que as pessoas que sempre achei que me amavam acabaram com meu mundo, destruíram meus sonhos, acabaram com minhas certezas, transformaram-as de tal maneira que agora são todas dúvidas, me jogaram em um rico esgoto fedorento de ilusões e incertezas.
Se for para viver sem alma prefiro eu morrer, chega de falta de amor, de amigos ausentes, de sociedade hipócrita, chega de mim mesmo, chega, chega, chega... adeus paraíso dos imundos.
Gostei da sensação de decepção realista...
ResponderExcluirSempre há acréscimos de dor quando se trata de coração partido. Afinal, coração partido equivale a sentimentos transgredidos. Levando em consideração que a vida é feita pela conjugação do verbo sentir, tenho a teoria de que um coração partido é igual há uma vida transgredida, o que é angustiante.
Ao mesmo tempo que senti a realidade da dor em excesso de desespero, senti um aumento dela pelo drama da arte de viver. Eis a dor de Fernando Pessoa: "Finge tão completamente que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente..." Conhece?
Abço carinhoso,
Thirza Oliveira.
uau postagem super intensa....
ResponderExcluirgostei, mto legal!!!
seu blog é hiper fantastico!!!
bjao
Adorei seu blog parabéns!!
ResponderExcluirNossa, que foda o texto.. Muito bom.
ResponderExcluirIlusões e incertezas
ResponderExcluirpermeiam minha vida.
forte, muito forte.
ResponderExcluir